Como a arquitetura pode diminuir o impacto da crise climática

Projetado com exclusividade pelo Studio Mariana Crego, o The Golf Village privilegia a perfeita harmonia entre o ser humano e a natureza. Localizado na Riviera de São Lourenço, litoral de São Paulo, traz certificação internacional de sustentabilidade, sistema de economia e reuso de água, arquitetura bioclimática, gestão de energia e materiais ecológicos e com menor manutenção.

Quando bem pensada, a arquitetura pode ajudar a diminuir o impacto da crise climática, transformando desafios ambientais em oportunidades de inovação. Estratégias como o uso de materiais sustentáveis, soluções para melhor aproveitamento de recursos naturais e o design de infraestruturas são ferramentas poderosas para criar ambientes urbanos mais equilibrados e preparados para o futuro. Ao integrar natureza, tecnologia e planejamento estratégico, a arquitetura pode promover cidades melhores para se habitar, reduzir emissões de carbono e melhorar a qualidade de vida de forma significativa.

Buscar soluções que diminuam as consequências no meio ambiente e amenizem os efeitos no dia a dia é uma necessidade em todas as áreas, e na arquitetura e no urbanismo não é diferente. É preciso buscar soluções que beneficiem o meio ambiente, melhorem a qualidade de vida e reduzam o impacto na natureza. E, com boas soluções arquitetônicas é possível amenizar o impacto da crise climática dentro e fora de casa.

Impacto da crise climática e a arquitetura

Grande parte da energia global é utilizada na construção e manutenção constante de edifícios residenciais e comerciais. Levando isso em conta, os arquitetos e urbanistas possuem grande responsabilidade na luta contra o aquecimento global, tendo como obrigação levar a sustentabilidade em conta em cada um de seus projetos. Nesse contexto, surgiram diversos caminhos para reduzir os efeitos climáticos nesta área e reconectar o ser humano à natureza. 

O design passivo, por exemplo, é uma abordagem arquitetônica que busca aproveitar ao máximo os recursos naturais, como luz solar, ventilação e temperatura, para criar edificações mais eficientes e confortáveis. Por esses meios, os projetos planejam reduzir a dependência de sistemas elétricos de aquecimento, resfriamento e iluminação. 

Com um bom projeto, o arquiteto consegue aproveitar a direção dos ventos, a incidência solar e também a orientação do sol para regular a temperatura e iluminação da residência, soluções que deixam a temperatura dos ambientes mais agradáveis sem o uso de energia elétrica. 

Entre essas soluções que proporcionam conforto térmico sem precisar de energia elétrica, está a ventilação cruzada, que melhora a circulação do ar nos ambientes, ou até mesmo o uso de elementos vazados, como muxarabis e cobogós usados para ventilação e iluminação natural. (incluir hiperlink para matéria). 

Além disso, os arquitetos também podem usar materiais isolantes, como lã de vidro, para manter os espaços com as temperaturas mais agradáveis. Essas escolhas ajudam a reduzir o uso de ventiladores e ar-condicionado, promovendo o bem-estar dos moradores e economizando energia.

Utilizar a luz natural é uma maneira eficaz de reduzir o consumo elétrico. Isso envolve aproveitar a incidência do sol na construção para minimizar a necessidade de ligar as lâmpadas durante o dia. O uso de placas solares para gerar energia solar também é outra maneira de utilizar a incidência do sol para proporcionar uma fonte sustentável de eletricidade.

As Urban Villas, na Suíça, são um excelente exemplo de como o design passivo pode ser integrado de forma sustentável e econômica à arquitetura residencial. Projetadas e construídas pelo escritório Lischer Partner Architekten, as casas priorizam o aproveitamento máximo da luz solar, utilizando claraboias e painéis de vidro para garantir a iluminação natural durante o dia, reduzindo significativamente a necessidade de iluminação artificial. 

Outro aspecto marcante do projeto é o posicionamento estratégico das casas, que garante não apenas a captação ideal de luz solar, mas também a privacidade dos moradores, mesmo com o uso extensivo de paredes de vidro. Para substituir muros, o projeto emprega divisórias naturais feitas de plantas de pequeno e médio porte. Com um design sustentável, as Urban Villas provam que é possível aliar a arquitetura à ações sustentáveis que buscam mitigar os efeitos da crise ambiental que vivemos. 

Soluções arquitetônicas 

Para garantir as melhores soluções para a construção e para o ambiente, o primeiro passo é avaliar o que aquela construção causará em seu entorno. Desta maneira, é possível planejar levando em conta todo o ecossistema local, o uso de materiais mais sustentáveis, menos gastos com água e menor produção de resíduos. 

Os arquitetos buscam diversas estratégias que visam diminuir as sequelas climáticas. Um enfoque importante é o design sustentável, que prioriza o uso de materiais ecológicos e técnicas que minimizam o impacto ambiental das construções.

Para reduzir este impacto, uma boa ideia é a implementação de sistemas para coleta de água da chuva. Um exemplo de sistema é o de calhas instaladas no telhado que direcionam a água para cisternas que armazenam a água, que pode ser utilizada para irrigação de jardins, limpeza de áreas externas e até mesmo para descargas em vasos sanitários. Essa prática não apenas promove a sustentabilidade, mas também reduz a demanda sobre os recursos hídricos. 

A Universidade de Thammasat, na capital da Tailândia, tem em seu edifício o TURF (Thammasat University Rooftop Farm), uma enorme área verde arquitetada pelo escritório LANDPROCESS. O TURF representa um projeto arquitetônico que visa produzir alimentos orgânicos e energia renovável em um espaço que geralmente permanece sem uso: o telhado. 

Este projeto integra um telhado verde que combina painéis solares com sistemas de captação e armazenamento de água da chuva, além de um espaço para cultivo de alimentos. Inspirado em tradicionais terraços de arroz, o telhado possui um design em camadas que facilita o manejo sustentável da água e previne enchentes ao redirecionar o excesso de água para reservatórios subterrâneos. Além disso, o TURF promove a segurança alimentar da universidade ao cultivar uma variedade de vegetais e ervas, contribuindo para a redução das emissões associadas ao transporte de alimentos. Combinando educação, sustentabilidade e eficiência ecológica, o projeto é um modelo de como a arquitetura pode criar soluções urbanas integradas ao meio ambiente.

Crise climática e o urbanismo

Projeto Low Carbon City, proposto pelo premiado arquiteto Fernando Brandão para Shenzhen, China. A ideia do arquiteto foi trazer soluções sustentáveis para uma cidade com baixa emissão de carbono.

O urbanista também carrega a missão de repensar a maneira com a qual trabalha, para projetar cidades que visem driblar os desafios atuais. Nesta área, é possível pensar em soluções urbanas que minimizem as enchentes, adotando saídas para drenagem do solo, aumento de áreas permeáveis tanto em jardins como em telhados verdes, e a implementação de sistemas de retenção de águas pluviais. Tais medidas não apenas mitigam os impactos das chuvas intensas, mas também promovem uma gestão hídrica mais eficiente e sustentável.

O paisagismo urbano vai além da beleza. A área verde, por ser permeável, é uma forma eficaz de amenizar os alagamentos, pois ajuda a drenar a água da chuva, prevenindo o acúmulo excessivo de água nas vias urbanas. No entanto, suas funções se estendem além da drenagem. As plantas contribuem significativamente para a melhoria da qualidade de vida urbana, ajudando na redução das temperaturas ambientes. A vegetação urbana age como um isolante natural, diminuindo a quantidade de calor que chega ao solo e aos edifícios, o que faz com que os ambientes fiquem mais frescos. Este efeito é importante para grandes centros urbanos, onde as ilhas de calor são um problema crescente.

Além disso, por meio da evapotranspiração, as árvores desempenham um papel fundamental na regulação do microclima urbano. Esse processo, no qual a água absorvida pelo solo e pelas raízes é liberada em forma de vapor pelas folhas, aumenta a umidade do ar e torna o ambiente mais agradável, especialmente durante os meses mais quentes. O aumento da umidade não só proporciona conforto térmico, mas também melhora a qualidade do ar, reduzindo a presença de partículas poluentes e contribuindo para a saúde pública. Assim, o paisagismo urbano se consolida como uma estratégia multifuncional, integrando estética, funcionalidade e sustentabilidade no planejamento das cidades modernas.

Na ImmobiHaus, estão disponíveis imóveis que privilegiam o bem-estar dos moradores, com soluções sustentáveis, como o sistema de energia solar, que utiliza painéis fotovoltaicos para captar a luz do Sol e convertê-la em eletricidade, reduzindo o consumo de energia e, consequentemente, o impacto ambiental. Outras alternativas são os jardins amplos, com vasta área verde para ajudar a controlar a temperatura – entre diversas outras soluções que fazem a diferença para diminuir o impacto da crise climática no seu dia a dia. 

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