Dicas para usar a iluminação como destaque do ambiente

A iluminação é um pilar fundamental nos projetos de arquitetura de interiores, transcende a simples tarefa de proporcionar luz, transformando-se em um recurso essencial para estabelecer a conexão entre o espaço, suas superfícies, texturas, formas e cores, bem como para facilitar a interação das pessoas que habitam esses ambientes.

Um projeto luminotécnico meticulosamente elaborado aprimora não apenas a estética do ambiente, mas também promove o bem-estar.  Garantir um bom projeto luminotécnico é fundamental para criar um ambiente confortável e sereno. Essa distribuição deve ser planejada estrategicamente pensando no mobiliário e levando em consideração tanto a funcionalidade quanto a estética. O objetivo é realçar os elementos de acordo com o projeto arquitetônico, proporcionando uma atmosfera equilibrada e agradável.

A harmonização da iluminação com a decoração é essencial para equilibrar os ambientes. As cores presentes em um determinado cômodo se beneficiam grandemente da disposição estratégica de múltiplos pontos de luz, aprimorando a iluminação de modo a complementar sua própria tonalidade e nuances, conferindo assim uma sinfonia luminosa aos espaços.

Casa assinada por Dado Castello Branco e Maria João d'Orey
Projeto de iluminação de Maneco Quinderé em casa assinada pelo arquiteto Dado Castello Branco e Maria João d’Orey.

Tipos de iluminação      

A iluminação em qualquer projeto deve considerar a integração da luz natural com a artificial, visando criar ambientes aconchegantes e funcionais. A luz natural não só promove o bem-estar dos ocupantes, mas também reduz a necessidade de energia elétrica. A luz artificial, por sua vez, pode ser empregada de diversas maneiras, desde a iluminação geral até a valorização de objetos decorativos ou a criação de atmosferas mais intimistas.

  • Iluminação difusa: Fonte de luz centralizada no teto, proporcionando uma iluminação uniforme e sem contrastes. Ela é comumente usada em ambientes como salas, quartos e banheiros, proporcionando conforto e pode ser combinada com outros tipos de iluminação.
  • Iluminação direta: É a que incide diretamente sobre objetos ou superfícies e é frequentemente utilizada em áreas de estudo, escritórios e para destacar elementos decorativos.
  • Luz indireta: Faz uso de superfícies reflexivas, como o gesso, para rebater o fluxo luminoso, criando ambientes decorativos e íntimos. Essa opção é mais comum em quartos e salas, promovendo uma atmosfera mais aconchegante.
  • Iluminação de Tarefa: Essa categoria de iluminação é fundamental em espaços onde a luz desempenha um papel crítico para auxiliar em tarefas específicas, como leitura, escrita, culinária ou costura. Ela se caracteriza por fontes de luz intensas e focadas, proporcionando um feixe luminoso direcionado e preciso.
  • Iluminação de Destaque: É projetada para realçar elementos decorativos, detalhes em obras de arte, esculturas ou objetos. Ela utiliza luz concentrada para atrair o olhar para pontos de destaque específicos, tornando-se uma aliada valiosa na valorização de peças de decoração, obras de arte e elementos arquitetônicos.
  • Iluminação de Orientação: Este tipo de iluminação é estrategicamente posicionado em áreas de passagem, como corredores, escadas e espaços de circulação, com o objetivo de facilitar o deslocamento entre ambientes. Pode ser incorporada a nichos de gesso, balizadores no chão, instalada nas paredes ou até em pequenos postes de jardim, proporcionando orientação e segurança para os ocupantes.

Dicas para não errar

Uma boa dica é integrar a luz natural à artificial. Essa solução confere versatilidade aos ambientes, adaptando-se a diversos propósitos. Isso porque a luz natural oferece conforto e equilíbrio entre a luz e as tonalidades das cores. Além de seu impacto estético, a luz natural também pode ser importante para a saúde dos moradores, já que amplia os níveis de vitalidade e produtividade.

Outro detalhe fundamental é considerar o tipo de lâmpada a ser adquirida para cada ambiente. A luz amarela, também conhecida como luz quente, cria um efeito visual acolhedor e é especialmente adequada para salas e quartos. Caracteriza-se por uma temperatura de cor mais baixa, geralmente situada entre 2.200 e 3.000 Kelvin (K), apresentando uma tonalidade amarelada ou alaranjada.

Por outro lado, a luz branca, ou luz fria, tem um efeito oposto à amarela, aumentando a concentração. Por essa razão, é recomendada para espaços como cozinhas e escritórios. Ela é caracterizada por uma temperatura de cor mais alta, geralmente situada entre 4.000 e 6.000 K.

Há também a luz neutra, conhecida como luz do dia ou luz branca natural, que se situa entre a luz quente e a fria. Sua temperatura de cor geralmente varia de 3.000 a 4.000 K, e é a opção mais próxima da iluminação natural encontrada ao ar livre em um dia ensolarado.

 

Projeto de iluminação

Além da iluminação difusa do ambiente, as luminárias desempenham um papel crucial na definição da atmosfera de um espaço. Pendentes são ideais para criar ambientes acolhedores e elegantes, frequentemente usados em salas de estar. Os abajures proporcionam um ambiente relaxante e são adequados para os quartos.

Plafons, por sua vez, oferecem uma abordagem discreta, se integrando ao teto, sendo versáteis em diversos cômodos, especialmente em escritórios e cozinhas. As luminárias painel LED compartilham a funcionalidade dos plafons, com um design mais moderno..

Por fim, as arandelas, mais voltadas para a decoração, contribuem para a estética do ambiente. São ideais para banheiros, cabeceiras de cama e corredores, oferecendo uma atmosfera agradável. A escolha da luminária certa é essencial para criar a atmosfera desejada em seu espaço.

plugins premium WordPress