Vik Muniz é um nome que ressoa no universo da arte brasileira e do mundo todo. O artista plástico e fotógrafo brasileiro se destaca por suas obras que fogem do convencional, desafiando os limites da percepção e explorando materiais pouco usuais, e agora está chegando também ao espaço da arquitetura e design.
Suas obras de arte feitas a partir de elementos inusitados como chocolate, açúcar, sucata, poeira e lixo reciclável ganharam o mundo. O artista cria obras surpreendentes que, ao serem fotografadas, se tornam a verdadeira arte final. Esse ano, Muniz teve dois lançamentos de design durante a Expo Revestir e a SP-Arte, mostrando o artista completo que é.
A Trajetória de Vik Muniz
Vik Muniz nasceu em São Paulo, em 1961, e começou sua jornada artística nos anos 1980, quando se mudou para os Estados Unidos. Sua carreira teve início com esculturas, mas logo se expandiu para o desenho e, posteriormente, para a fotografia, que se tornaria sua principal forma de expressão. Desde os anos 80, o artista começou a experimentar com a representação visual, misturando técnicas e materiais, sempre em busca de algo que surpreendesse e questionasse o público.
Na década de 1990, suas obras ganharam destaque internacional, com exposições em galerias ao redor do mundo. A primeira obra expressiva veio em 1996, com a série “Crianças de Açúcar”, na qual fotografou crianças que trabalham na colheita de cana-de-açúcar e, em seguida, recriou as imagens utilizando apenas açúcar. A série foi exibida no MoMA de Nova York e marcou o início do reconhecimento global do artista.
Em 1997, Vik Muniz lançou a série “Pictures of Chocolate”, em que recriava imagens clássicas usando calda de chocolate. Ao longo dos anos, ele continuou a explorar essa abordagem única, utilizando materiais como caviar, molhos, lixo, poeira, terra, brinquedos, fios de cabelo e até pigmentos de diamante. Cada uma dessas escolhas não era apenas um material, mas uma reflexão sobre a própria arte e o processo de criação.
Arte com Impacto Social
Apesar dos materiais usados serem o que mais chama a atenção na arte de Vik Muniz, suas obras vão além da estética. Em 2008, ele iniciou o projeto “Pictures of Garbage”, em colaboração com catadores de lixo do aterro de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. O trabalho culminou no documentário “Lixo Extraordinário”, que foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2010. O projeto transformou não apenas a vida dos catadores, mas também mudou a forma como o público vê a arte e a relação entre lixo e dignidade humana.
Em 2011, devido ao impacto social de seu trabalho, Vik Muniz foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNESCO. Três anos depois, ele fundou a Escola Vidigal, no Rio de Janeiro, com o objetivo de oferecer formação artística para crianças e jovens da comunidade. O projeto arquitetônico da escola, dos arquitetos Brenda Bello e Basil Walter, foi pensado para se integrar ao ambiente e inspirar os alunos, não apenas com o ensino, mas com um espaço que reflete as ideias de criatividade e inovação.
A Nova Fase do artista

Além de sua presença marcante no cenário artístico, Vik Muniz segue inovando em outros campos. Suas obras estão em importantes museus, como o MoMA e o Guggenheim, e ele continua a explorar novas formas de expressão. Em 2025, o artista apresentou sua coleção de revestimentos “Haptic”, em parceria com a Portobello, na Expo Revestir. Inspirada em papéis de aquarela, a coleção traz a textura delicada desse material para o porcelanato, criando uma experiência sensorial única.

Mas Vik não parou por aí. Em sua estreia no universo do design, o artista lançou a coleção “Arquétipos” na SP-Arte 2025, em colaboração com a marca brasileira +55design. A coleção apresenta sete peças — sofás, mesas e poltronas — que reinterpretam elementos do universo da costura e dos brinquedos em miniatura. Botões viram mesas, carretéis de linha se tornam apoios e novelos se transformam em puffs. As peças trazem uma mistura de nostalgia e tecnologia, criando um vínculo afetivo com os objetos e a memória coletiva.
Vik Muniz é um exemplo de como a arte pode não apenas transformar a percepção do mundo, mas também influenciar a realidade de muitas pessoas. Seu trabalho transcende as galerias e se conecta com a vida cotidiana de forma profunda e significativa. Seja por meio de suas criações impactantes ou pela sua atuação social, ele segue, sem dúvida, sendo uma das grandes figuras da arte contemporânea.
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