O design biofílico está em voga, e não influencia apenas a arquitetura de interiores. O mercado imobiliário também passou a enxergar os benefícios de investir na arquitetura biofílica e trouxe o conceito para as fachadas, que aparecem cobertas de vegetação e jardins suspensos pelos bairros privilegiados de São Paulo.
Os olhares atentos ao Skyline da cidade já veem o Complexo Cidade Matarazzo como um exemplo a ser seguido. Afinal, o empreendimento de luxo passou a colorir de verde o bairro da Bela Vista. A proposta do arquiteto Jean Nouvel para o antigo hospital e maternidade Matarazzo em São Paulo é uma visão impressionante de continuidade vertical, buscando integrar a paisagem natural em meio às construções históricas tombadas desde 1986.
A torre, com mais de cem metros de altura, é projetada para se desenvolver em diversos níveis, criando terraços e jardins suspensos que abrigam árvores de porte médio e pequeno. Essa abordagem inovadora traz uma exuberante vegetação para a arquitetura, proporcionando um ambiente harmonioso e revitalizador em meio à cidade. O projeto de Nouvel é uma expressão notável da arquitetura biofílica, que busca reconectar as pessoas com a natureza, mesmo em espaços urbanos densamente construídos como São Paulo. Veja mais sobre a arquitetura biofílica aqui.
O que são torres verdes?
Para quem ainda não está familiarizado com o termo – também conhecidas como edifícios verdes ou eco-torres -, as torres verdes são estruturas arquitetônicas projetadas com o objetivo de incorporar elementos sustentáveis e promover a integração harmoniosa entre o ambiente construído e a natureza.
Além da beleza de trazer a natureza para os centros urbanos criando um ambiente mais saudável, sustentável e agradável, a prática também reduz o impacto ambiental das construções, contribuindo para o enfraquecimento das ilhas de calor, melhorando a qualidade do ar e promovendo a biodiversidade em áreas urbanas.
Com o objetivo de incorporar a biofilia na arquitetura dos edifícios, os arquitetos adotaram estratégias como a inclusão de vegetação nas fachadas. Isso engloba desde o uso de espécies trepadeiras até a implementação de sistemas de suporte para vegetação vertical. Além disso, os profissionais também investem na criação de terraços e jardins elevados em vários níveis, que oferecem espaços para o cultivo de plantas e árvores. Esses jardins proporcionam áreas de lazer, convivência e contato direto com a natureza para os ocupantes dos edifícios.
Tendência no mercado imobiliário
A crescente tendência da biofilia na arquitetura e no urbanismo é impulsionada principalmente pela demanda do mercado imobiliário, em especial no setor de luxo. Cada vez mais, as pessoas buscam um estilo de vida em harmonia com a natureza, e a integração de elementos naturais nos projetos imobiliários atende a essa necessidade.
Essa tendência é ainda mais fortalecida pela colaboração entre agentes públicos e privados, que trabalham juntos para viabilizar e incentivar esses projetos. Isso porque a abordagem traz benefícios para todas as partes envolvidas. As empresas e incorporadoras imobiliárias encontram oportunidades de crescimento financeiro, uma vez que a demanda por imóveis com elementos naturais e ambientes mais saudáveis têm se mostrado alta. E, quem habita esses espaços desfruta de uma experiência de uso aprimorada, que garante a conexão com a natureza, bem-estar e qualidade de vida, e a cidade só tem a ganhar.
Esses espaços naturais também desempenham um papel fundamental na atratividade dos edifícios comerciais, uma vez que têm o poder de influenciar diretamente a ocupação dos espaços. Os projetos arquitetônicos que incorporam áreas verdes e espaços naturais reconhecem a importância de proporcionar um ambiente de trabalho mais agradável, saudável e equilibrado.
Além de serem visualmente atraentes, as áreas verdes nos escritórios têm o potencial de melhorar a qualidade do ar, fornecer sombreamento e reduzir o estresse no ambiente de trabalho. Elas oferecem espaços para pausas ao ar livre, reuniões informais e momentos de relaxamento, promovendo uma maior conexão com a natureza no contexto corporativo. Essa transformação reflete uma nova perspectiva sobre a relação entre o trabalho e o ambiente físico, reconhecendo que o bem-estar dos colaboradores é um fator fundamental para o sucesso das empresas.
O conceito de torres verdes têm ganhado destaque e se difundido pelo país. O renomado arquiteto Greg Bousquet, do escritório AOSP, tem liderado projetos em diferentes cidades, como Recife, Florianópolis e Rio de Janeiro, com uma abordagem arquitetônica voltada para a integração de elementos naturais. Esses projetos têm como objetivo transformar a paisagem urbana, trazendo uma nova perspectiva para as construções verticais.
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